sábado, 20 de novembro de 2010

PEIXE PALHAÇO


O colorido de seu corpo chama a atenção. Pode-se dizer que é um peixe exótico, cuja cor laranja e as tiras brancas ou azuladas, assim como a maneira desalinhada e desajeitada de nadar, dão sentido ao nome: Peixe-Palhaço. Seu habitat natural são as águas tropicais e subtropicais, principalmente os recifes de corais do Indo-Pacífico, mas podem ser encontrados, em menor quantidade, no Caribe e no Mar Vermelho.

Os Peixes-Palhaço, também denominados Peixes da Anêmona, são da família Pomacentridae e de várias espécies, dentre as quais, as mais conhecidas são o Palhaço Tomate, o Palhaço Comum (Ocellaris), o Palhaço Sebae e o Palhaço Marrom e todas sobrevivem em cativeiro sem grandes dificuldades.

Anêmona-do-mar
É impossível falar sobre o Peixe-Palhaço sem ligá-lo à Anêmona-do-Mar, a sua principal companhia. Apesar da aparência  inofensiva, a Anêmona-do-Mar possui células na ponta dos tentáculos, que queimam e  paralisam os peixes, para, em seguida, devorá-los.

As anêmonas liberam substâncias químicas que atraem o Peixe-Palhaço, imune ao seu veneno. O muco que recobre esse peixe não contém os elementos que ativam a liberação da secreção venenosa, assim, eles fazem uma ótima parceria. Graças a essa harmonia, suas refeições (pequenos invertebrados) estão sempre garantidas.

Curiosidade
Esses simpáticos peixinhos medem cerca de cinco centímetros e pesam, no máximo,
150 gramas. Pequeninos no tamanho, mas exuberantes na vibração de suas cores, os Peixes-Palhaço possuem a capacidade de alternar seu sexo. Isso ocorre quando há necessidade dessa mudança, ou seja, eles nascem machos e, de acordo com a natureza de cada um, transformam-se em
fêmeas ou não.

Como já foi dito, o Peixe-Palhaço vive nas anêmonas que ficam em pequenas colônias.Se ocorrer o fato de nenhum dos peixes ser fêmea, para que se reproduzam, um macho, geralmente o maior, muda de sexo para dar continuidade à espécie. Na reprodução,
a fêmea desova no ambiente marinho e o macho fecunda os ovos com seu esperma.
Em relação a esta reversão sexual, é interessante destacar que é uma transformação hormonal e ocorre de acordo com a necessidade da colônia ou do local em que eles se encontram.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Kinguio

Brincalhões e indefesos


O peixe Kinguio é dócil e sociável, adora a vida comunitária. É um peixe indefeso e por isso não se deve colocá-lo junto com peixes que atacam como os tetras e sumatras. Os peixes recomendáveis para lhe fazer companhia são: Carpa, Molinésia, Limpa-Vidros, Cascudos, Tanitis, Limpa Fundo e Colisa.

Bagunceiro, este peixe tem uma mania: a de revirar todo o substrato do aquário e arrancar as plantas à procura de alimento, deixando assim a água turva.


Para que ele esqueça esse hábito nada civilizado, o criador deve fazer uma grossa forração no fundo do aquário (cerca de 5 cm) usando 10% de cascalho branco e 90% de cascalho do rio. Como vegetação, as plantas que melhor resistem às peripécias do kinguio são a Vallisneria, a Elodea e a Echinodorus.


São bastante resistentes e dificilmente dão trabalho ao seu dono. A única exigência é quanto a aeração do aquário, que deve ser bem eficiente, para não deixá-lo com falta de ar, pois eles necessitam de muito oxigênio.


De corpo oval, esférico e longo, as caudas variam conforme as mutações. Há uma diversidade de cores, como a marrom-dourado, branco, preto, vermelho, laranja, amarelo, cinza, chá e algumas combinações dessas cores com pintas.


N
a China e no Japão este peixe é conhecido como Kinguio, no Brasil como Peixe Japonês ou Peixe Vermelho e nos Estados Unidos como Goldfish. Esta espécie pode ser colocada tanto em aquários, como em laguinhos de jardins, ao ar livre e pode chegar a medir 30 cm. Se criada em aquário vive cerca de 10 anos e em lagos, 30 anos. 

A temperatura da água deve ser de 20ºC e o pH 7,2. A troca de 1/3 de água deverá ser feita mensalmente e sifonagem do fundo. As plantas ornamentais devem ser artificiais, pois os Kinguios comem as naturais.


A alimentação deve ser feita duas vezes por dia, se consumidas em mais ou menos 5 minutos. Oferecer ração em flocos e coração de boi cru raspado, alface, espinafre, tubifex e vôngole em pedaços.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Betta

Um peixe bom de briga
Também conhecido como "peixe de briga", esse peixe da família dos Anabantídeos é originário da Tailândia. Seu nome vem de uma tribo de índios, onde os guerreiros eram chamados de "Bettahs".
Essa associação se deve ao fato de os Bettas machos serem extremamente violentos, não podendo conviver com outros Bettas no mesmo aquário.
Por isso é aconselhada a criação nos chamados "betários", ou seja, aquários de no mínimo
15x12x12 cm.
Os Bettas viviam em águas estagnadas e mal-oxigenadas, como a dos arrozais, por exemplo. A respiração nessas águas só era possível devido a um órgão auxiliar que os Bettas possuem, o labirinto, que os permite retirar seu oxigênio da atmosfera. Por esse motivo, um betário não precisa de oxigenação. Apesar disso, a água do aquário deve ser parcialmente trocada a cada quinze dias, e pode ser usada água de filtro ou mineral, sempre à temperatura ambiente.
A alimentação dos Bettas deve ser feita com a comida, em forma de ração, encontrada nas lojas especializadas, com comidas vivas, (artemias, por exemplo) e até mesmo com gema de ovo cozida (mas isso deixa a água extremamente suja).
Deve-se ter um cuidado especial para não dar comida em excesso (o que pode deixar a água ácida e turva) e sim, dar alimento suficiente para ser consumido em minutos. Caso isso não aconteça, a comida restante deve ser retirada. Esse processo deve ser feito de uma a três vezes ao dia
Para a reprodução o ideal é utilizar um aquário com capacidade para 16 litros (ou 40x20x20cm), onde deve ser posto um solo de areia média de 2 centímetros. A iluminação deve ser feita com uma lâmpada incandescente (de 15 velas) que deve ser exposta por quatro horas diárias. 
A temperatura da água deve ser de 27ºC e o Ph 6.9. É aconselhada a colocação de algumas plantas, como a "Sagittaria microfolia" e a "Ceratophillum demersum". Nesse aquário deve ser colocado o macho, que ao estar pronto para a reprodução construirá um ninho de bolhas envoltas num muco bucal na superfície da água. 
Quando o ninho estiver pronto, deve ser colocada a fêmea. O macho curvará seu corpo sobre a fêmea, abraçando-a e forçando-a a expelir seus ovos. O macho os fecundará liberando seus espermatozóides na água. Logo após a postura dos ovos, a fêmea deve ser retirada do aquário. O macho então apanhará os ovos no fundo do aquário e os colocará no ninho. Neste momento é aconselhado que se abaixe a altura da coluna da água para dez centímetros para diminuir a pressão da mesma sobre os ovos.
Após 48 horas ocorre a eclosão dos ovos, ou seja, o nascimento dos alevinos, que começam a nadar por volta do sétimo dia (quando isso acontecer, deve-se retirar o macho do aquário). Os alevinos são alimentados nos primeiros dia pelos nutrientes contidos no saco vitelino, e, posteriormente, devem ser alimentados por infusórios (preparados com folhas de couve e gema de ovo seca pulverizada) ou até mesmo por comidas para alevinos, encontradas em lojas especializadas. Somente os mais fortes sobrevivem.Os peixes Betta chegam a medir 10 centímetros. 
Observações importantes: Ao colocar a fêmea no
aquário, ela deverá estar "ovada", ou seja, com seu ventre inchado e com algumas linhas verticais, o que indica que ela está pronta para a reprodução. É aconselhado que, antes da reprodução, os aquários do macho e da fêmea sejam colocados lado a lado para eles irem se "acostumando" um com o outro.
A reprodução deve ser feita em um lugar calmo e sem a luz direta do sol. Em dias frios é aconselhada a colocação de um aquecedor de 1 (um) Watt de potência (por algumas horas) no betário para evitar o aparecimento de doenças como fungo e íctio. Na reprodução, a temperatura deve ser mantida constante em 27ºC, como dito anteriormente.